E quanto ao Banco Central?

O que podemos esperar do próximo presidente do Banco Central, que tem como responsabilidade ser o guardião da moeda e zelar pela manutenção da inflação em bases civilizadas, conquista alcançada pelos brasileiros após anos de sacrifícios? Por enquanto, podemos especular com dois cenários.
O primeiro refere-se à continuidade do atual presidente, Henrique Meirelles. Homem forte da economia após a saída de Palocci chegou a ser cogitado para vice na chapa de Dilma, mas o fisiologismo do PMDB não permitiu. Não acredito que ele continue e particularmente não gostaria, por uma razão simples. No meu entender, a política monetária atual é responsável pela valorização do real, provável fonte de dificuldades no médio prazo para a indústria brasileira. Manter Meirelles é dar continuidade a essa política, e isso não é bom para a economia brasileira.
Outra especulação seria que o atual ministro da fazenda Guido Mantega assuma o posto. Não gosto de Mantega, da mesma maneira que não concordo com o conjunto de políticas macroeconômicas deste governo, mas no Banco Central acredito que ele possa contribuir um pouco mais que o atual ocupante. Mantega é um desenvolvimentista, ou seja, prega a intervenção estatal com o objetivo de garantir a industrialização do país. E ele, com certeza, introduziria medidas no sentido de amenizar os impactos das atuais políticas macroeconômicas sobre o câmbio. Não defendo a intervenção do estado na economia, mas quando os erros do governo afetam e trazem riscos ao emprego dos brasileiros, abro mão da ideologia em detrimento dos resultados. Num eventual governo Dilma, espero que Mantega assuma o Banco Central. A indústria nacional agradece.

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